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Riscos Invisíveis no Setor de Saúde: quatro riscos que devem ser evitados para manter a sustentabilidade da instituição de saúde

  • Foto do escritor: Alessandra Calisto Piloto
    Alessandra Calisto Piloto
  • 28 de out.
  • 3 min de leitura

No setor de saúde, nem sempre os maiores riscos são os mais visíveis. Enquanto a atenção se volta para resultados assistenciais, custos com insumos e metas financeiras, há um conjunto de riscos silenciosos que, se não forem monitorados, corroem a sustentabilidade e a reputação das instituições da área da saúde — clínicas, hospitais, laboratórios e operadoras.


Esses riscos invisíveis surgem, muitas vezes, nos bastidores: contratos mal geridos, falhas de comunicação entre setores, dados pessoais expostos, glosas não tratadas, fornecedores não conformes. E, justamente por não aparecerem nas planilhas, acabam impactando de forma profunda o caixa, a credibilidade e até a continuidade do negócio.


Glosas: a ponta do iceberg financeiro


As glosas continuam sendo uma das maiores causas de perda de receita nas instituições de saúde. Por trás delas, muitas vezes estão falhas de processo, ausência de revisão documental, protocolos desatualizados e erros simples que se repetem diariamente.


O problema é que a maioria das clínicas e hospitais não trata a glosa como um risco financeiro, e sim como um contratempo administrativo. Mas cada guia glosada representa tempo, retrabalho, perda financeira e possível fragilidade contratual com operadoras.


Uma boa revisão dos processos aplicada ao faturamento com mapeamento dos riscos, checklists e rotinas de verificação pode reduzir em as glosas  e aumentar significativamente o fluxo de caixa operacional.


Fornecedores e parceiros: quando o risco vem de fora


Outro ponto crítico é o controle sobre fornecedores e terceiros. Muitos riscos que atingem clínicas e hospitais não surgem dentro da instituição, mas entram pela porta dos prestadores de serviço, especialmente quando não há um processo claro de homologação e monitoramento.


Sem due diligence ou cláusulas contratuais adequadas, uma empresa terceirizada pode:


  • Deixar de cumprir obrigações sanitárias ou trabalhistas;

  • Utilizar dados de pacientes sem consentimento;

  • Adotar práticas que ferem a ética ou a legislação;

  • Fornecer materiais fora dos padrões da ANVISA;

  • Gerar passivos jurídicos e regulatórios para o contratante.


A gestão de terceiros é uma das principais frentes de um programa de integridade maduro, e deve estar integrada à rotina de compras, contratos e auditorias.


LGPD: o risco invisível da desatenção


Desde a entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), clínicas e hospitais passaram a ser responsáveis pela coleta, tratamento e armazenamento de informações sensíveis dos pacientes. Ainda assim, muitas instituições seguem com planilhas abertas, cadastros em papel e sistemas sem controle de acesso.


Essas falhas expõem dados pessoais e clínicos — e podem gerar multas de até 2% do faturamento, além de danos à reputação e perda da confiança dos pacientes.


Um bom programa de proteção de dados vai muito além da adequação documental: envolve treinamento das equipes, controle de acessos, contratos atualizados com fornecedores e protocolos claros de segurança da informação.


Processos internos desintegrados: o risco da falta de visão

Em muitas instituições, os setores tendem a trabalhar isoladamente. O faturamento não conversa com a recepção; a área financeira não monitora o andamento das glosas; e a TI não está alinhada com as exigências da LGPD.


Esse desalinhamento interno é um risco operacional grave — e um dos principais motivos pelos quais o compliance na saúde, como todas as áreas de "segunda linha de defesa" precisam ser tratadas de forma transversal, conectando áreas clínicas, administrativas e financeiras.


A integração de processos e o monitoramento contínuo permitem detectar falhas antes que elas se transformem em perdas, reduzindo o retrabalho e aumentando a previsibilidade dos resultados.


Conclusão: enxergar o invisível é o primeiro passo para reduzir riscos e aumentar resultados


Os riscos invisíveis não são inevitáveis. Eles só permanecem ocultos quando não existe um olhar estruturado sobre os processos, contratos e rotinas operacionais. Implementar uma cultura de governança, riscos e compliance na saúde é blindar sua instituição contra perdas financeiras, sanções regulatórias e desgastes de imagem, criando uma base sólida para o crescimento sustentável.


Quer descobrir quais riscos invisíveis estão escondidos na sua clínica ou hospital?


A Compliance Saúde oferece um Pré-Diagnóstico gratuito que identifica fragilidades e oportunidades de melhoria em áreas como faturamento, glosas, LGPD, contratos e compliance regulatório.



Dê o primeiro passo para blindar sua instituição contra riscos invisíveis.

 
 
 

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